quarta-feira, 9 de abril de 2014

QUÃO GRANDE ÉS TU!




Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome! Pois expuseste nos Céus a Tua majestade. Salmo 8:1Uma dificuldade séria do homem moderno é que ele gasta muito tempo no ambiente das coisas "criadas" pelas próprias mãos: carros, trens, escolas, shopping centers, aviões e eletrônicos. E, como tem domínio dessas coisas, ele se julga muito grande. Assim, não é por acaso que a vida se torna enfadonha e pouco inspiradora. Alienamo-nos do contato com as coisas criadas por Deus, as quais impressionavam nossos ancestrais e os levavam a responder com reverência às belezas insuperáveis da ordem criada.
Pense no sentimento de fascínio ao contemplar um céu estrelado longe das luzes artificiais da cidade. Imagine a reverência, quase temor, suscitada pelos raios, relâmpagos e poderosos trovões. Coloque-se diante do espetáculo das incansáveis ondas do mar, que se quebram na praia em um entardecer. Essas coisas ajudam a ver, de uma perspectiva diferente, tanto nós próprios como o mundo. Há quase um século, o teólogo alemão Rudolf Otto escreveu o clássico The Idea of the Holy (A Ideia do Sagrado). Otto sugere que o ser humano tem fome do Sagrado. Existe nisso um elemento quase estarrecedor. Encontrar o Sagrado é encontrar-se com uma realidade tão grande que nos faz tomar consciência de nossa embaraçosa pequenez. Isso acontece, segundo Otto, não porque sejamos pequenos, mas porque o Sagrado é muito grande, numa escala desconhecida. Talvez por isso, Tomás de Aquino, quando perguntado por que depusera a pena e deixara de escrever, respondeu que ele tivera uma visão do Santo, e isso o fazia sentir que tudo o que escrevera não passava de palha.
Na próxima vez que você for ao zoológico, observe a relativa pouca atenção dada aos animais pequenos. Contudo, observe as filas dos que querem ver o leão, o tigre, o elefante e o gorila. Por quê? Talvez porque, mesmo sem entender, nós nos sintamos afirmados ao ver que há criaturas maiores e mais fortes do que nós. Seres que não criamos e que, naturalmente, escapam ao nosso domínio. A mensagem é tanto humilhante como confortadora: nós não somos o poder final. Isso nos ajuda a entender nosso lugar no Universo. Considere a suprema grandeza de Deus, em meio às suas dificuldades, e pense nisto: "Não diga a Deus que você tem grandes problemas. Diga aos seus problemas que você tem um grande Deus."

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